No intervalo dos dias sempre tão ocupados, o que não se escreve se fantasia. E no alvo fácil do passar do tempo, Londres é a cumplicidade do silêncio e o antídoto da imensidão na fina inspiração.

À margem da vida, há mais vidas…
Ao sair de Old Street Station a direção é Angel e o sentido City Road Basin. Curioso? Permita se transbordar à margem do Regent’s Canal e a seguir de bicicleta em um cenário onde a gentrificação pede passagem e seus vidros refletem o concreto dos arranha-céus.

City Road Basin
Já à margem do Regent’s Canal, os visionários se embriagam na beleza sublime e na riqueza indescritível de seus contrastes, em sentido completo. Extasiado. Fragmentado.

Nash Regency House
Viver no Canal é um estilo de vida ou uma condição sócio-econômica para muitos e para tal existe uma a licença anual de £700 – pode variar de acordo com o tamanho do barco, e a cada quatro anos o Certificado de Seguro deve ser renovado pelo valor de £200, são opções no mercado frenético. Preços, poderes!

Eyre’s Tunnel
A cada 14 dias alguns barqueiros mudam para locais diferentes no Canal para evitar o pagamento de ancoradouros. Em Londres a média anual é de £8000 chegando até £9000 e ainda com esses valores há barqueiros que não conseguem espaço em locais específicos e quando o tem, o pagamento de um imposto, Council Tax, é exigido de seus proprietários.

O Canal de residências…
Apesar de haver uma constante mudança de local, dificuldade com insuladores, falta de espaço e alguns casos falta de privacidade, o charme e a sensação de comunidade são máximas para seus moradores.

Little Venice
Com o brilho do dia, com ideais floridos e promessas de tempos melhores, existe um trecho do Canal que é absolutamente mágico e romântico. Iniciado em Lisson Grove Mooring há um espaço para escrever os seus desejos de “Antes de eu morrer, eu quero…”, são hilários, jocosos, amistosos…são vivos de experiências.

Antes de eu morrer…
Com mais algumas pedaladas e uma vista que faz jus ao nome, encontra se Rembrandt Gardens. Em 1975 para comemorar o septigentésimo aniversário da fundação da cidade de Amsterdam, a “Veneza do Norte, holandeses doaram tulipas na cerimônia de reabertura do jardim e em 2006 sua infra-estrutura foi redesenhada. Uma tela viva.
E para você que ler Ao Pé de Londres, Londres não é longe! Londres não está fechada em um livro. Londres é uma janela aberta…uma fotografia de dias de sol, dias de chuva…tempos passados e presente. Londres é cúmplice da vida…Em Londres a vida se prolonga.