O rio Tâmisa é a beleza dos opostos, é o encanto e desencanto das marés altas. Um desenho da paisagem rural nas encostas londrinas que vê o seu tempo passar sem envelhecer. Ao longo dos anos o rio, das torrentes de água sem fim, foi invadido pela força do mar, registros datados do século 11 descrevem pela primeira vez a força devastadora das inundações na capital. E para prevenção, em 1862 inicia se a construção do aterro nas encostas do Tâmisa na parte central londrina, e com ela imponentes esculturas de leões. E com essas esculturas nasce uma superstição: os anéis na boca dos leões indicariam um sistema de alerta dito que “quando os leões da água beberem, Londres afundaria”.

“When the lions drink, London will sink. When it’s up to their manes, we’ll go down the drains. When the water is sucked, you can be sure we’re all … in trouble”
No inverno de 1928 com o rápido derretimento da neve, o rio Tâmisa viu o seu volume duplicar, e unido a um violento maremoto, Londres submerge mais uma vez, um paralelo dilúvio. Em 1953, uma outra tempestade devastadora atinge o rio, cerca de 300 pessoas afogaram, criações de gados, ovelhas, porcos, aves e cavalos foram aniquilados. Abre se assim o debate sobre a proteção das encostas ao sul do rio Tâmisa.

Londres, SOS. Simulação via BBC.
Com Londres cada vez mais ameaçada com o passar dos anos, o aumento do nível do mar – atenção céticos de plantão, e a mudança do eixo terrestre – arte da imaginação?, a medida de prevenção encontrada foi a construção das Barragens do Tâmisa iniciada em 1974 e concluída em 1982. As barragens foram construídas com uma vida útil até 2030 mas análises recentes sugerem que mesmo com um mudança mais drástica do clima, as barragens serão proteção suficiente até 2060-70. Deusa dos Ventos, piedade! A visão é cada vez mais futurista.

As Barragens do Tâmisa
Ao deixar as barragens em direção a Bank, o tempo e espaço são métricos, engenhosos e futuristas. Os arranha-céus transformam o cenário da zona portuária, introduz um dinamismo representado pelo ritmo frenético da metrópole. É vida no absoluto. É Londres viva nos trilhos do futuro.

Visto de Londres
Metro: Pontoon Dock