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Londres do Leste

Postado por Ao Pé de Londres em 10 de junho de 2014
Publicado em: Viagem. Marcado: arquitetura, arte, Blog de Viagem, Brasil, Cidade de Londres, Cidade de Westminster, cultura, europa, Exibições, ferias, Galerias, Guia de Turismo, historia, Londres, Londres a pé, Londres de bicicleta, Londres de Metrô, Museus, Reino Unido, Rio Tâmisa, Shows, turismo, viagem, vou de bike. Deixe um comentário

Em dias de sol – dias gloriosos de sol, Londres se traduz no dinamismo de suas ruas e nas misturas de suas incríveis culturas. E nesse clima de Copa, a dança das cores das bandeiras brasileira e inglesa toma a cidade. É nesse termômetro que Londres viverá o sonho de verão em 2014 – que o coração estrangeiro sinta o som da cuíca e a simpatia tupinquim. Deixemos a bola rolar…

brasil copy 2

Bandeiras ao vento da sorte…

Com a alma brilhando de sol e curioso sobre as horas do dia, o andarilho em mim desperta para o novo. A única salvação é cruzar Londres pelo simples desejo de tê-la sempre mais perto de mim. Na Fen Court encontra se o memorial da abolição do tráfico negreiro no Império Britânico – e sobre a história do Rev. John Newton, um traficante de escravos que virou pregador e abolicionista. O poema é cifrado em linguagem de pregão da bolsa de valores e com referências bíblicas do Antigo Testamento.

a escultura comemora a abolição do tráfico transatlântico de escravos, em 1807, que começou o processo de emancipação dos escravos durante todo o império.

Gilt of Cain – A escultura comemora a abolição do tráfico negreiro, em 1807, processo inicial de abolição dos escravos durante o Império Britânico.

Por um caminho de arranha-céus, vidros refletindo o Narciso de suas mais belas formas, a cidade vai revelando a sua arquitetura humanista – soluções, dinâmica e estética, uma celebração entre o homem e as construções. Ao longo do caminho, o conservadorismo inerente a cultura britânica nos presenteia com a sua verve futurista e nos apresenta lápides de um passado heróico com informações sobre moradores e ou prédios antigos de sua história, “nossas casas os seus próprios biógrafos”, The Times, 1873. É passado a limpo!

liverpool

Bishopsgate

Há em Londres, longe dos clássicos monumentos da bela região central, bairros que retratam a urbanização e os grandes programas imigratórios da coroa britânica. E seguindo o destino através da CS3 – ciclovia que liga Tower Gateway a Canary Wharf, localizada no distrito de Tower Hamlets prova ser um trajeto excitante, revelador e rápido, apenas 25 minutos. Pela sua vizinhança Londres agrega o mundo. A pluralidade dos residentes da região de Tower Hamlets vai desde bengalis, somalis, vietnamitas a caribenhos e outros.  O distrito é o terceiro mais populoso da Inglaterra, o mais rápido em crescimento de natalidade, 37% de sua população é jovem e tem a menor percentagem de aposentados da Inglaterra de acordo ao último censo. Faltam me as palavras para traduzir esse pedacinho babilônico de Londres. Só vendo.

Lowell St, Limehouse

O leste londrino é também marcado pelas convulsões do autoritarismo do século passado. Em Tower Hamlets mais especificamente na Cable Street, há a lembrança da Batalha de Cable Street, conflito entre a extrema-direita e os anti-fascistas em 1936. Esse conflito oferece dissonância na sua interpretação pois para muitos é a representação da vitória contra a extrema-direita contudo para outros, o evento impulsionou o fascismo doméstico e anti-semitismo.

Cable Street

Batalha de Cable Street

Um mural em comemoração ao evento expõe a união de forças da comunidade judaica, dos comunistas, dos sindicatos, membros do Partido dos Trabalhadores, de estivadores e outros contra o fascismo liderado por Oswald Mosley. Cable Street é acima de tudo o retrato do solo fértil da união de credos, etnias e culturas londrinas.

Cable Street

Mural de comemoração da Batalha de Cable Street.

Nesse ritmo de encontros e descobertas, Canary Wharf já aponta a demasia de seu concreto e do alto de seu pier, a visão da Cidade de Londres na linha do horizonte é a recompensa da aventura e o mais puro deleite da alma. O que mais desejar? Um céu lindo de luz, sempre!

canary wharf pier

Em Canary Wharf e a Cidade de Londres no horizonte.

E na cor do fim do dia, na luz que revela a dramaticidade que é peculiar a East London, ao som da música das gaivotas, volto ao centro de mim com a mais saudável realização de pedalar pelos os anos da complexa organização londrina, da sua epopéia urbana, de saber sobre os seus monstros e mestres e acender à máxima de Oscar Wilde, “posso resistir a tudo, menos à tentação” de você Londres.
marina

Limehouse Basin

 

Até breve!

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É Londres na Roda!

Postado por Ao Pé de Londres em 4 de junho de 2014
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No ícone de sua cor, os ônibus cortam a cidade em seu emaranhado de CEP’s. No olhar atento, contemplado de surpresa, às vezes nos perdemos. Outras vezes nos achamos – afiados e brilhantes. Londres é um mapa de segredos e um sopro de lembranças – múltipla, fragmentada, única e incomparável. “Vivo no quase, no nunca e no sempre…e por um triz escapo. “, Clarice Lispector.

bbc

Entre Aldwich e The Strand

Na trilha sonora dessa Babel delirante, o pulso pulsa forte. Em Piccadilly Circus, aos passos da multidão, Anteros é mundanamente confundido com Eros – a estatua é um símbolo da filantropia do Conde de Shaftesbury para com os pobres. E como “todo artista tem de ir aonde o povo está”, atravessar os seus vários cruzamentos é encontrar um palco de cantores, mágicos, músicos, dançarinos e bailarinos. Circus, a céu aberto.

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Anteros em Piccadilly Circus

Londres hipnotiza com o espetáculo de sua história – da superfície ao subterrâneo. Há 21 afluentes do rio Tâmisa e do rio Lea que com o crescimento da metrópole foram transformados em aquedutos subterrâneos. O maior deles é o rio Fleet. Em sua homenagem, foi batizada a rua Fleet Street, endereço conhecido como o celeiro dos grandes jornais britânicos até 1980. Das letras, as palavras fluem!

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Fleet Street

Pedalar por Londres pode ter seus desafios mas é impossível resistir aos seus mais belos ângulos e encantos. Há uma grande quantidade de ciclovias na cidade. Se preferir o bucólico dos parques, a ciclovia de Regent’s Park oferece grande diversão. O serviço de aluguel de bicicletas é prático, rápido e barato – acesso de 24 horas por £2.00 e o acesso de 7 dias por £10. A vida passando no guidon de uma bicicleta.

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Regent’s Park

Das suas colinas suaves, Londres se revela. Abra se por inteiro a frente do espelho de sua arquitetura. Reflita. Altere se com o diminuto raio de sol que fecunda as páginas do cotidiano. Aprecie a vastidão de seu horizonte.  Onde pisas, o rastro vive!

de longe

Primrose Hill

“De repente, estou só. Dentro do parque, dentro do bairro, dentro da cidade, dentro do estado, dentro do país, dentro do continente, dentro do hemisfério, do planeta, do sistema solar, da galáxia — dentro do universo, eu estou só. De repente. Com a mesma intensidade estou em mim. Dentro de mim e ao mesmo tempo de outras coisas, numa sequência infinita que poderia me fazer sentir grão de areia. Mas estar dentro de mim é muito vasto.” Caio Fernando Abreu.

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Do alto de Blackfriars Bridge, o rio Fleet desaparece…

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Londres é Arte Pública.

Postado por Ao Pé de Londres em 27 de maio de 2014
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Em Londres, pelos anos de sua história de guerras e de glórias, a lembrança de seu passado está expressa nas ruas pela simbologia de seus monumentos – é arte pública! É o meio que integra as gerações. Aproxima os tempos. Dê se a chance de ouvir o que silenciosamente murmuram os monumentos do passado e atente se aos que gritam o tempo presente. Londres é moldada, esculpida, construída, montada, pintada…(imitada!) –  é relevância constante.

Memorial Queen Alexandra

Memorial Queen Alexandra – a rainha fashionista.

Nas ruas, nos dias claros de cinza, Londres é o cruzamento do mundo. Os hemisférios se encontram em Greenwich – Sir Biddell, 1851. A Oeste dessa divisão muito tempo antes, um bloco de calcário – fragmento de uma peça maior, foi reconhecido como o coração da cidade e associada a lenda de Brutus de Tróia – “enquanto a pedra de Brutus estiver segura, Londres florescerá”. A mística história de uma Londres medieval está esquecida numa loja de conveniência – 111, Cannon Street.
London Stone

A lendária Pedra de Londres ( London Stone )

A arte pública pode expressar os valores de uma sociedade, transformar uma paisagem, aumentar a consciência social, ou questionar nossas suposições. Na St James’ Square, a obra do italiano Aron Demetz usa materiais de beleza harmônica  e reflete o conflito entre o homem e a natureza – humanos metaforicamente enraizados na natureza. A arte pública é evolutiva, sempre a buscar afinidade entre os meios, a buscar uma memória coletiva coesa – uma arte poliglota que adiciona significados a Londres.

Burning Man

Burning Man

“Deitado em berço esplendido” está o Victoria Embankment Gardens, localizado em terras onde no passado o rio Tâmisa se deitava. Esse jardim dispõe de belas artes e lindos canteiros de flores. A obra em homenagem ao grande compositor britânico Arthur Sullivan é considerada a mais sexy de Londres. A Musa da Música chora encostada ao pedestal com uma viola, uma partilha musical e a máscara de Pan – personificação da condição humana. É um lugar onde o passatempo é observar o zeitgeist de suas obras, ouvir a concertos de músicas e saborear um almoço de verão.

Sullivan

A Musa da Música

Da música da multidão às crônicas experimentadas no dia-a-dia, o Sol é o elixir londrino na escuridão de seu cinza. Na Berkely Square, o artista Dale Chihuly apresenta The Sun. A obra de 5 metros e meio de altura, 1573 objetos de vidros, pesa 2 toneladas e é iluminada todas a noites. Uma natureza em vidro. Um sopro de ar no ofício da arte.

O Sol, Dale Chihuly

O Sol de Dale Chihuly

É sob o símbolo da luz que buscamos o entendimento. Na grande diversidade de seu alcance, os monumentos – esculturas, pinturas, gravites, mosaicos, murais, relevos, entre outras formas de expressão, são artes que transbordam segredos, mistérios, lendas, fábulas…fatos. Londres é essa incursão poética, evocativa – e simbiótica na linguagem urbana, criando emoção e estilo. Criando londrinos.

St Paul's

St Paul’s Cathedral

 

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