O bastião do dia é o canhão da realidade. O cruzar de vozes é a sinfônica de mudanças, ainda que indecifrável, simbiótica. Entre as curvas do concreto onde o cinza enaltece o passado, presente e futuro, Londres é uma força – quiçá um forca, mecânica não humana mas longe de ser desumana. Uma condição além das aparências e acima das retóricas do desejo incerto, sucesso! Um desejo de vida pelo tempo que se foi, e o prazer que se dispõe na realidade que se horizonta na elaboração das vigas de edifícios ao som do todo-poderoso da Belle Époque, o Ben.

Tower Bridge
Nessa ilusão, ora nebulosa, a cidade vive de efêmeros feneceres e de ressurreições ambiciosas. Wilde em sua trágica astúcia e ingenuidade suicida dizia que a ambição era a última adaga do fracassado. Dessa tóxica ambição, o ar é denso e ainda infunde sentimentos – sorry Wilde. A Tower Bridge é a prova da humanidade mecânica – um Carry on show, nessa viagem, uma daga. Das janelas dos carros, o antagonismo do tráfego e do tráfico de suas influências, treinar para viver sem as possessões da rotina é o pináculo das Fênixes. Londres é inebriante, uma dependência inerente em estado bruto de espírito. O tempo, senhor de todos os destinos, é severino, e no entanto o defendemos entre garras e dentes e muitas libras.

Vauxhall
Das retóricas de outrora, de esperanças rasas como o Tâmisa na maré baixa, o diminutivo do esquadro e no quadrado do bem e do mal – o bem se travesti de mal e vice versa, e vice versa de novo, desenha se em areia movediça. Toda a semântica até aqui usada carrega a tinta de uma alma em total descoberta. O além dessas linhas nada se lê, se não sentir se em comunhão com a disparidade ou até mesmo com a bipolaridade da Blue Monday, o que será viver? Aristoteles defendia que a energia da mente é a essência da vida. E como não viver entre o Yin e Yang da sagaz realidade?!?
Perder a ternura, jamais!
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